segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Valores na aprendizagem

No quarto capítulo da obra de Papert é destacado os valores, a importância que estes assumem numa aprendizagem.
Este refere quatro questões de valores, cada um com a sua importância mas todos eles interligados:
-Honestidade e engano;
-Respeito;
-Materialismo;
-Relacionamento com a Internet.

Relativamente ao engano que é feito na aprendizagem, os pais falei-no porque acham que por vezes é necessário mentir para que as crianças aprendam, porém isto não é verdade.
Elas muitas vezes sentem que eles mentem ou então que não sabem muito bem o que estão a dizer, por exemplo.
Mesmo que se diga a uma criança que não se sabe muito bem a importância de certa disciplina, não quererá dizer que eles não a queiram aprender mais. Quando se diz que TUDO é importante elas percebem que se está a mentir, porque estas já têm a capacidade de distinguir o importante do acessório. Ser honesto é fundamental, para que as crianças não deixem de ter em conta a opinião dos pais.
O que deve ser dito a uma criança, mesmo que por outras palavras é que todo o conhecimento tem de ter um significado. Apesar disto, a maior parte dos softwares educativos enganam as crianças.
O respeito na aprendizagem diz respeito ao não subestimarmos a capacidade de uma criança em relação à sua lógica mental, porque muitas das vezes a sua teoria faz bastante sentido e se dissermos que está mal e que não é nada daquilo ela irá desmotivar-se.
O que deve ser feito é seguir o modelo construcionista, onde a aprendizagem é feita com uma margem de liberdade, onde o sujeito aprende não pelo que lhe dizem mas através da realidade de situações.
O computador é visto muitas das vezes como um objecto que impulsiona o materialismo. As pessoas têm não porque faz falta ou gostam mas porque todas as pessoas que conhecem também possuem um. "Devemos assegurar que o facto de alguém possuir computador nunca se tornará num «sinal de estatuto», algo que se tem para não se ficar atrás dos Silvas (pp.108)". Infelizmente penso que muitas pessoas agem desta forma.Somos nós que damos vida ao computador e por isso é nosso objectivo tornar o computador útil em vez de um acessório de decoração em casa.
Por último, os perigos existentes na Internet, como o autor diz, ela tem a capacidade de igualar todos ao mesmo nível (na Internet somos todos iguais), em princípio, mas por outro lado, na Internet somos o que queremos ser e é aí que se encontra o perigo.
A Internet tem uma grande capacidade de enganar as pessoas e por vezes quando estas dão conta disso já é tarde.
Papert compara as falsas identidades que evadem a Internet com um baile de máscaras. Mas será que nestas duas situações tão distintas existem os mesmos objectivos?

Na minha opinião consegui encontrar uma frase neste capítulo que engloba todo o resto:
"Uma família que queira lutar contra o engano, tem de criar uma cultura de honestidade absoluta (pp.113)."