sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O acto de "clicar"


Não pude fugir a esta pequena curiosidade, digamos assim, apontada no texto na qual também me identifico.
Afinal o que tem de tão especial ter um rato ao nosso alcance que nos permite clicar?
A minha irmão tem actualmente quase seis anos, mas há muito me lembro de estar a escrever no computador e nos momentos em que não utilizava o rato ela vinha e mexia, clicava só por clicar, achava engraçado talvez e não compreendia porque eu o estava a fazer constantemente. Provavelmente pensou: "O que terá aquilo de engraçado?" E claro, só descobriria experimentando.
Ainda hoje, às vezes dá-lhe para vir mexer no rato e clicar em tudo o que tenho no ambiente de trabalho.
O rato é praticamente o instrumento que permite trabalhar no computador, é com ele que dirigimos para onde queremos ir, ou quando queremos sair de uma página. Somos nós, utilizadores que o comandamos. Penso que seja por isso que o acto de clicar seja tão apelativo para as crianças, porque lhes permite comandar o computador e direccionar os seus objectivos.
É, de facto a "clicar" que interagimos de um modo directo com o computador, a saber funcionar com ele. O clique possui o controlo do computador, tornando a aprendizagem da criança autónoma.

Motores de busca


Ainda no sexto capítulo é destacado a utilidade que o computador pode servir como "presente".
De facto, o computador tem vários programas que se forem devidamente explorados dão óptimas prendas multimédia, como álbuns de fotografia personalizados, por exemplo e muito originais. Conheço várias pessoas que o fazem, aproveitando os seus dotes no domínio da informática, o que eu acho ser muito benéfico. Até a prenda tem um carácter mais personalizado e não a torna comum.
No texto, a prenda dirige-se ao tema "tartarugas", sendo descrito todo o processo de pesquisa sobre este assunto. Este processo de descrição apresenta simultaneamente como que um minicurso de como devem se feitas pesquisas na Internet, o que a partida parece ser simples, no entanto, é bem mais complexo do que aparenta.
Neste caso, foram encontrados 809 páginas sobre o tema, o que nos deixa um pouco confusos, o facto de haver tanta informação. É bom mas ao mesmo tempo é um tanto assustador.
Normalmente não lemos todas as páginas encontradas, apenas as primeiras, o que nos deixa com um certo receio de ter "escapado" alguma informação útil.
Para não falar de quando abrimos uma página e nada tem a ver com o que procuramos, este facto deve-se ao modo de como definimos o critério de pesquisa, ou seja, o que escrevemos no motor de busca.
Como o autor refere, podemos optar por definir o critério de um modo mais específico, o que provavelmente irá causar um menor número de páginas encontradas, facilitando a pesquisa, mas por outro lado, perderíamos outra parte da informação, tal como a oportunidade de perceber como a informação se organiza na Internet.

"Um motor de busca, máquina de busca, mecanismo de busca ou buscador é um website especializado em buscar e listar páginas da Internet a partir de palavras-chave indicadas pelo utilizador."

Fluência tecnológica

No sexto capítulo são referidas várias dicas e instruções para que toda a família possa desenvolver a sua fluência tecnológica, ou seja, as suas capacidades e habilidades nesta área.
Segundo Papert, a fluência tecnológica pode ser utilizada em qualquer contexto ou assunto, o que eu concordo plenamente. Se na Internet são expostos todos os assuntos até os inimagináveis, porque não incidi-los numa competência de influência tecnológica? Até mesmo para se desenvolver e divulgar de um modo mais profundo esse determinado assunto.
Chamou-me a atenção o tempo que por vezes despediçamos na Internet e de facto fez-me pensar. Às vezes vou para a Internet durante uma ou duas horas e quando saio de lá sinto que não estive a fazer lá nada. Que deveria ter lá estado, sim,mas a fazer algo de útil. Sinto, como o autor refere, que desperdicei o meu tempo. Mas por vezes também me acontece estar na Internet durante bastante tempo a procurar algo que diz respeito à faculdade e perco uma manhã sem ter conseguido encontrar o que eu queria e aí sinto-me bastante chateada e penso que se soubesse que seria assim, teria feito outra coisa. A Internet é um mundo, não qual não temos total controlo, exactamente por ser desconhecido. A menos que eu vá pesquisar algo e saiba que irei procurar o que quero porque já vi anteriormente ou porque alguém me disse, caso contrário, estamos sempre às "escuras".
A quem é que nunca aconteceu pesquisar sobre um assunto e às tantas já estar a ver outro, acabando por ignorar ou esquecer o primeiro? Acho que a todos.