terça-feira, 13 de novembro de 2007

Projecto UCA- Um computador por Aluno






Palestra proferida pelo Prof. Simão Pedro P. Marinho, do Programa de Pós-graduação em Educação da PUC Minas, para alunos do curso de Pedagogia, noite




Bricolage e planificadores

Achei interessante estes dois termos referidos no capítulo cinco.
A bricolagem tem a ver com aquelas pessoas que mexem em tudo no computador, até conseguirem alcançar os seus objectivos e depois há os planificadores que como o nome indica, sentem necessidade de recorrer a uma planificação, algo que os garanta que o que estão a fazer é correcto.
É óbvio que temos de ter em conta que não somos todos iguais e que temos de nos respeitar mas às vezes estas formas diferentes de encarar a mesma realidade trazem consequências nada boas que foi o que me aconteceu à uns tempos.
O meu pai não sabe mexer em computadores mas quando eu instalei a Internet em casa, foi uma novidade para ele, queria a todo o custo ver como aquilo era, esquecendo-se que para navegar na Internet à vontade dele, tinha que saber os requisitos mínimos para trabalhar com o computador.
A verdade é que houve uma altura em que eu andava a trabalhar e por isso estava pouco tempo em casa e à noite ele vinha para o computador, tentando ir à Internet. Sinceramente não sei se chegou a conseguir ou não. O que eu sei é que depois quando queria ir à Internet, esta não dava. Isto aconteceu-me umas duas vezes, talvez em duas semanas. Nunca cheguei a perceber que artimanha ele fez para conseguir fazer tal proeza. Só sei que depois ainda tinha de ser eu a tentar resolver o problema, através de telefonemas. Não posso dizer que não ficava chateada, ficava e muito. A solução que eu arranjei foi programar o início de sessão do computador com uma palavra passe.
Tudo isto para dizer, que o meu pai tinha um processo de aprendizagem por bricolage, mas que neste caso não deu muito resultado, pelo menos para mim. Mas claro que não quero generalizar os outros casos.

A família e a aprendizagem


A temática do livro no capítulo cinco abrange a família e os computadores. Até que ponto estes dois se podem unir e complementar?
Existe a ideia de que o computador desune a família mas isso pode muito bem não acontecer. Muitas vezes isso sucede-se devido aos estilos diferentes de aprendizagem, ou então no facto de um elemento da família se interessar por aprender assuntos novos e os restantes membros nem por isso.
O computador pode fomentar a cultura familiar da aprendizagem, por outras palavras, o computador ajudar a com que uma família perceba o que pensa sobre a aprendizagem e que meios utiliza para a adquirir. É necessário compreender que existem estilos de aprendizagem diferentes, que têm de ser respeitados mas que podem ser completados pelos outros membros da família.
Depois de se analisar e discutir as diferentes formas de aprendizagem de cada um, deve-se fazer um esforço para que a aprendizagem seja feita em conjunto.
A meu ver, na maioria dos casos, as pessoas não conhecem os estilos de aprendizagem uns dos outros numa dada família porque o que é visível são os resultados e não o processo com que este decorre, daí às vezes o esforço não ser valorizado.
"As experiências de aprendizagem computacional fornecem uma ocasião para a família se tornar mais consciente da sua cultura de aprendizagem e para a aperfeiçoar de modo progressivo (pp.118)".